Um estudo recente investigou a ligação entre a atividade cerebral precoce e o desenvolvimento da linguagem em bebês com histórico familiar de autismo. A pesquisa, publicada no Autism Research, concentrou-se na análise da atividade eletroencefalográfica (EEG) para identificar padrões que pudessem indicar um risco aumentado de desenvolver autismo e dificuldades na linguagem.
Os pesquisadores analisaram dados de EEG de bebês com alta probabilidade familiar de autismo (EFL) e compararam com bebês com baixa probabilidade (LL). Eles observaram que, aos 3 meses de idade, os bebês EFL apresentavam menor atividade aperiódica no EEG em comparação com o grupo LL. A atividade aperiódica, que reflete a atividade neural de banda larga, foi medida em diferentes frequências cerebrais. No entanto, o estudo também revelou que o aumento na atividade aperiódica entre 3 e 12 meses foi significativamente maior em bebês que posteriormente foram diagnosticados com autismo.
Além disso, os resultados mostraram que um aumento acentuado no deslocamento e na inclinação da atividade aperiódica entre 3 e 12 meses estava associado a um pior desenvolvimento da linguagem aos 18 meses de idade. Esses achados sugerem que as mudanças precoces na atividade cerebral aperiódica podem servir como indicadores potenciais de autismo e desenvolvimento da linguagem em bebês com histórico familiar da condição. A pesquisa abre portas para intervenções mais precoces e personalizadas para crianças em risco, com o objetivo de otimizar seu desenvolvimento e promover habilidades de comunicação saudáveis. Identificar esses marcadores precoces é crucial para um acompanhamento e suporte adequados.
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