A obesidade se configura como um desafio global de saúde, afetando um em cada oito indivíduos no mundo, com maior prevalência em grupos étnicos específicos e em populações de baixa renda. Diante desse cenário, a telemedicina surge como uma ferramenta valiosa para mitigar este problema, oferecendo acesso facilitado a cuidados e criando uma comunidade digital de suporte que incentiva a prática regular de atividades físicas, dietas saudáveis e monitoramento da saúde, tudo isso de forma acessível.
Intervenções digitais na área da saúde, como a telemedicina, aplicativos móveis de saúde (mHealth) e dispositivos vestíveis, representam novas modalidades no tratamento da obesidade. Essas tecnologias aprimoram o monitoramento do gasto energético, do nível de atividade física e da ingestão calórica, aumentando as chances de sucesso da terapia ao superar barreiras como a manutenção da motivação e a melhoria da dieta. Estudos apontam para a eficácia das intervenções de eHealth na perda e manutenção do peso.
Além disso, a inteligência artificial (IA) e as tecnologias de informação e comunicação (TIC) demonstram potencial para prever e prevenir a obesidade pediátrica. A realidade virtual (RV), por sua vez, pode auxiliar na compreensão do comportamento do paciente em situações reais, otimizando a prática clínica. A integração dessas ferramentas digitais aos programas tradicionais de controle de peso pode ampliar seu alcance e eficácia, tornando-os mais acessíveis. No entanto, a segurança e a privacidade dos dados dos usuários devem ser consideradas e asseguradas durante a implementação dessas tecnologias em diferentes contextos clínicos.
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