Os sintomas negativos desempenham um papel crucial em diversos transtornos psiquiátricos, abrangendo condições como esquizofrenia, transtorno bipolar, transtorno do espectro autista e depressão. Diferentemente dos sintomas positivos, como alucinações, os sintomas negativos manifestam-se como um déficit ou ausência de comportamentos e emoções normais. Estes incluem retraimento social, anedonia (incapacidade de sentir prazer), avolição (falta de motivação), alogia (dificuldade em falar) e embotamento afetivo.
Historicamente, os sintomas negativos têm sido um desafio para o tratamento e frequentemente negligenciados em comparação com os sintomas positivos. No entanto, o impacto significativo desses sintomas na qualidade de vida dos pacientes e em seus resultados funcionais a longo prazo exige uma análise mais aprofundada. Uma abordagem dimensional permite o estudo desses sintomas transcendendo as categorias clínicas tradicionais, oferecendo uma perspectiva mais abrangente e individualizada.
Atualmente, pesquisadores estão explorando o uso da escala SNS (Symptom Negative Scale) em estudos populacionais para analisar a prevalência de sintomas negativos tanto na população geral quanto em indivíduos com transtornos psiquiátricos. Paralelamente, terapias digitais e psicossociais demonstram resultados promissores, abrindo caminho para tratamentos mais personalizados e eficazes, visando melhorar a qualidade de vida e o funcionamento social dos indivíduos afetados por esses sintomas desafiadores.
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