A saúde do sono emerge como um conceito crucial na área da saúde pública, especialmente no contexto dos transtornos psiquiátricos. Condições como esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão maior e transtorno do espectro autista frequentemente se manifestam com queixas de insônia ou hipersonolência, muitas vezes associadas a distúrbios do sono subjacentes, como a síndrome da apneia obstrutiva do sono, ou a comportamentos inadequados relacionados ao sono, como ciclos irregulares de sono-vigília.
A definição de saúde do sono abrange seis dimensões fundamentais: duração, regularidade, temporalidade (horário), eficiência, satisfação com o sono e estado de alerta diurno. Em pacientes com transtornos psiquiátricos, a saúde do sono é frequentemente comprometida, e essa interação complexa é sustentada por diversos fatores genéticos, biológicos, anatômicos e psicológicos. A identificação e o tratamento dos problemas de sono nesses pacientes podem, portanto, ter um impacto significativo em sua saúde geral e bem-estar.
Intervenções que visam melhorar a saúde do sono têm demonstrado eficácia na redução da sintomatologia e na melhoria do prognóstico de transtornos psiquiátricos. Ao abordar as queixas de sono e promover hábitos saudáveis de sono, é possível otimizar o funcionamento diurno, a qualidade de vida e a resposta ao tratamento de outras condições psiquiátricas. Portanto, a avaliação e o manejo da saúde do sono devem ser considerados componentes essenciais do cuidado integral em saúde mental.
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