O congelamento da marcha (FoG), um sintoma comum e incapacitante da doença de Parkinson, caracterizado por episódios breves e repentinos de incapacidade de mover os pés, tem sido alvo de diversas pesquisas. Um estudo recente investigou o potencial da realidade aumentada (RA) como uma ferramenta para mitigar esse problema, explorando diferentes formas de estímulos visuais para auxiliar os pacientes durante a caminhada.
A pesquisa envolveu 36 participantes com Parkinson e histórico de FoG. Eles foram submetidos a diferentes condições de caminhada em um ambiente simulado por um headset de RA. As condições incluíram o uso de pistas visuais controladas por um observador, pelo próprio paciente (movimentos da mão ou dos olhos) ou de forma constante, além de uma pista física tradicional e uma condição de controle sem pistas. Os resultados demonstraram que as pistas visuais controladas por um observador e as pistas constantes foram eficazes na redução da duração e da incidência do congelamento da marcha, respectivamente. Além disso, as pistas de RA preferidas pelos participantes também mostraram um impacto positivo, diminuindo tanto a duração quanto a frequência dos episódios de FoG.
Esses achados sugerem que a realidade aumentada pode ser uma abordagem promissora para o tratamento do congelamento da marcha em pacientes com Parkinson. A personalização das pistas visuais, de acordo com as preferências individuais, parece ser um fator importante para o sucesso da intervenção. Embora os mecanismos exatos pelos quais a RA exerce seus efeitos ainda precisem ser mais bem compreendidos, o estudo oferece uma base sólida para futuras investigações e para o desenvolvimento de terapias mais eficazes e individualizadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com a doença de Parkinson e sofrem com o congelamento da marcha.
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