Estudos recentes têm demonstrado uma ligação preocupante entre a exposição a fatores ambientais, como poluição do ar e infecções, e o aumento do risco de desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. A pesquisa aponta que a exposição a esses fatores pode influenciar a saúde mental de indivíduos, abrindo novas perspectivas para a prevenção e o tratamento dessas condições.
Infecções, por exemplo, têm sido associadas a um risco elevado de transtornos do espectro autista, esquizofrenia e transtornos de humor, como a depressão. Acredita-se que a resposta inflamatória do organismo a infecções possa afetar o desenvolvimento e o funcionamento do cérebro, contribuindo para o surgimento desses transtornos. Paralelamente, a poluição do ar, especialmente a presença de partículas finas e dióxido de nitrogênio, tem sido relacionada a um maior risco de transtornos psicóticos, de ansiedade e depressivos. Esses poluentes podem afetar diretamente o sistema nervoso central, desencadeando alterações neuroquímicas e inflamatórias que prejudicam a saúde mental.
O programa de pesquisa PROPSY busca aprofundar o conhecimento sobre essa complexa relação entre exposições ambientais e saúde mental. Através de avaliações detalhadas de um grande grupo de pacientes e controles, juntamente com estimativas precisas de suas exposições ambientais ao longo da vida, o projeto pretende identificar os mecanismos subjacentes a essas associações e desenvolver estratégias de intervenção mais eficazes. Compreender como a poluição do ar e as infecções afetam o cérebro pode levar a novas abordagens preventivas e terapêuticas para transtornos mentais, melhorando a qualidade de vida de milhões de pessoas.
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