A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurológica complexa que afeta não apenas a função motora, mas também a saúde mental dos indivíduos. Um estudo recente investigou a relação entre a função física e os sintomas psicológicos, como ansiedade e depressão, em pessoas com Parkinson (PPsP). A pesquisa buscou entender como a percepção do paciente sobre sua própria função motora se alinha com a avaliação clínica, e como isso influencia o bem-estar psicológico.
O estudo analisou dados de mais de mil participantes do Parkinson’s Progression Markers Initiative (PPMI). Os resultados mostraram que existe uma correlação significativa entre a depressão/ansiedade e a função motora relatada pelos próprios pacientes. Em outras palavras, quanto mais os pacientes percebem suas limitações motoras, maior a probabilidade de apresentarem sintomas de depressão e ansiedade. Surpreendentemente, a correlação entre os sintomas psicológicos e a avaliação clínica da função motora foi consideravelmente mais fraca. Isso sugere que a experiência subjetiva do paciente desempenha um papel crucial na sua saúde mental.
A análise revelou que fatores como idade, nível cognitivo e a função física auto-relatada contribuem significativamente para a variação nos níveis de depressão e ansiedade em PPsP. Esses achados ressaltam a importância de considerar os aspectos psicológicos e a percepção individual da função motora ao planejar o tratamento e o acompanhamento clínico de pessoas com Parkinson. Compreender a fundo essa relação pode levar a abordagens mais holísticas e eficazes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, combinando intervenções que visam tanto a função motora quanto o bem-estar emocional. É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos a essas nuances para oferecer um cuidado completo e personalizado.
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