Lesões no Ombro em Jogadoras de Críquete de Elite: O Que Revela um Estudo de 8 Anos?

Lesões no ombro representam um desafio significativo para atletas de alto rendimento, especialmente em esportes que exigem movimentos repetitivos e intensos dos membros superiores. Um estudo recente investigou a incidência, prevalência e características das lesões no ombro em jogadoras de críquete de elite, buscando entender melhor esse problema e identificar estratégias para prevenção e tratamento.

A pesquisa, que acompanhou jogadoras australianas de críquete ao longo de oito temporadas (de julho de 2015 a junho de 2023), revelou que as lesões no ombro são comuns, com uma média de 12,9 ocorrências por 100 atletas a cada temporada. A análise detalhada mostrou que as lesões de início gradual são mais frequentes entre as arremessadoras (pace bowlers), enquanto as lesões de início súbito geralmente acontecem durante o trabalho de campo. É importante notar que a maioria das lesões (quatro em cada cinco) não impediu as jogadoras de continuar treinando ou jogando, embora pudessem precisar de adaptações nas atividades.

Apesar de a maioria das lesões não causar afastamento total, o estudo destaca que a função comprometida do ombro pode impactar negativamente o desempenho individual e da equipe. As jogadoras geralmente precisavam de modificações nas atividades, como arremesso, mergulho e lançamento, por um período de duas semanas a seis meses. O retorno ao jogo sem restrições levava de um a 8,5 meses, e esse tempo era ainda maior em casos de lesões recorrentes. Os resultados sugerem que estratégias de redução de risco devem ser direcionadas tanto para as jogadoras (principalmente as arremessadoras) quanto para as atividades com maior risco de lesão, como mergulhos e arremessos. Além disso, é fundamental considerar medidas para prevenir o agravamento e a recorrência das lesões, acelerando a recuperação e garantindo que as atletas retornem ao seu potencial máximo o mais rápido possível.

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