Um estudo piloto recente investigou a viabilidade de implementar a fisioterapia de acesso direto para crianças e adolescentes que chegam ao pronto-socorro pediátrico com queixas musculoesqueléticas de baixa gravidade. A pesquisa comparou essa abordagem inovadora com o tratamento usual, que consiste apenas na avaliação e tratamento por um médico.
O estudo randomizado envolveu 66 pacientes entre 6 e 17 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo de fisioterapia pediátrica (PT), onde tiveram acesso direto a um fisioterapeuta pediátrico logo após a triagem, seguido da confirmação do diagnóstico e plano de tratamento pelo médico do pronto-socorro; e um grupo de controle que recebeu o atendimento padrão diretamente do médico do pronto-socorro. Os pesquisadores avaliaram a facilidade de recrutamento, a adesão ao estudo e a taxa de conclusão do acompanhamento, além de analisar resultados clínicos como interferência da dor nas atividades diárias, satisfação com o atendimento e utilização de serviços de saúde.
Os resultados mostraram que o recrutamento foi concluído em apenas dois meses, com uma alta taxa de participação de pacientes elegíveis (53%). A retenção dos participantes ao longo do estudo foi excelente (92%), com taxas semelhantes entre os dois grupos. A adesão à coleta de dados para avaliar os resultados clínicos variou de 92% a 98% nas quatro semanas após a visita ao pronto-socorro. Além disso, os pesquisadores obtiveram acesso completo (100%) às informações administrativas e clínicas dos prontuários médicos das crianças. A conclusão principal é que a fisioterapia de acesso direto se mostrou viável e promissora, abrindo caminho para um estudo maior e mais abrangente que poderá determinar a eficácia dessa intervenção no tratamento de problemas musculoesqueléticos em crianças e adolescentes em ambientes de emergência.
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