Um programa de treinamento inovador, desenvolvido em colaboração com pessoas com deficiência e profissionais de saúde, demonstrou potencial para melhorar significativamente a qualidade do atendimento médico em Uganda. O estudo piloto, publicado no BMC Medical Education, investigou os efeitos desse treinamento nas habilidades e atitudes dos profissionais de saúde em relação aos pacientes com deficiência.
O programa de treinamento, que incluiu uma fase de capacitação de treinadores, focou na aplicação prática e na colaboração. Os resultados revelaram que os treinadores com deficiência ganharam confiança e se sentiram mais aptos a defender práticas de saúde inclusivas. Os profissionais de saúde participantes relataram que o treinamento foi relevante e envolvente, impactando positivamente suas habilidades e atitudes no atendimento a pessoas com deficiência. Essa mudança de comportamento foi observada três meses após a conclusão do treinamento.
Apesar dos resultados promissores, o estudo também identificou desafios na implementação das novas práticas. A falta de acessibilidade e acomodações adequadas nas instalações de saúde foram apontadas como barreiras. Os participantes expressaram a necessidade de mais suporte e treinamento contínuo para superar esses obstáculos e garantir um atendimento de saúde mais inclusivo e eficaz para pessoas com deficiência. O estudo conclui que o apoio político é fundamental para a implementação em larga escala de programas de treinamento em deficiência.
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