A avaliação da capacidade de realizar atividades diárias (AVD) e o rastreamento cognitivo são ferramentas importantes no acompanhamento de pacientes que sobreviveram a uma parada cardiorrespiratória fora do ambiente hospitalar (PCR-OH). Embora a pesquisa sobre a relação entre essas avaliações e os resultados pós-alta hospitalar ainda seja limitada, estudos nessa área podem fornecer informações valiosas para direcionar os esforços de reabilitação.
Um estudo prospectivo recente investigou se as medidas de AVD e o rastreamento cognitivo realizados na alta hospitalar estavam associados à capacidade de AVD, à qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e ao retorno ao trabalho após a alta. A pesquisa envolveu 200 sobreviventes de PCR-OH admitidos em um hospital universitário. A capacidade de AVD foi avaliada por meio de entrevistas e observação, enquanto a função cognitiva foi avaliada usando o Teste de Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA). Os pesquisadores realizaram análises estatísticas ajustadas para idade, sexo e comorbidades para determinar as associações entre as variáveis.
Os resultados mostraram que a diminuição da capacidade de AVD na alta hospitalar estava associada a piores resultados após a alta em sobreviventes de PCR-OH. Observou-se que o rastreamento cognitivo também estava relacionado a certos aspectos da recuperação. As análises revelaram associações significativas entre a avaliação pessoal de AVD e a capacidade de realizar atividades diárias seis meses após a parada cardíaca. Além disso, a avaliação inicial da capacidade motora e de processamento (AMPS) mostrou uma associação estatisticamente significativa com a capacidade de AVD compatível com a idade seis meses após a parada cardíaca. Esses achados reforçam a importância da avaliação precoce e abrangente dos sobreviventes de PCR-OH para identificar necessidades de reabilitação e otimizar o processo de recuperação.
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