Desvendando o Autismo: Biomarcadores Retinianos e Função Cognitiva em Crianças

Um estudo recente aponta para uma nova abordagem no diagnóstico e avaliação do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças, explorando a conexão entre a retina e a função cognitiva. A pesquisa investiga a possibilidade de utilizar biomarcadores retinianos, juntamente com a avaliação da função cognitiva, como ferramentas para identificar e monitorar o TEA.

A retina, considerada uma extensão do sistema nervoso central, tem demonstrado ser um indicador de comprometimento cognitivo em distúrbios do neurodesenvolvimento e neurodegenerativos. Essa ligação se deve à relação fisiológica e embriológica entre a retina e o cérebro. O estudo em questão buscou evidenciar essa correlação no contexto do TEA, analisando biomarcadores da função retiniana, como o fator neurotrófico ciliar (CNTF), e da função cognitiva, como a A Disintegrin and Metalloproteases 10 (ADAM10).

Os resultados indicaram que a ADAM10 estava significativamente reduzida em crianças com TEA em comparação com crianças neurotípicas, diminuindo à medida que a severidade do autismo aumentava. Adicionalmente, observou-se que o CNTF diminui em crianças com TEA de severidade moderada, sugerindo que ele pode ser um indicador precoce do transtorno. A relação direta entre ADAM10 e CNTF aponta para uma forte correlação entre a função ocular e a cognitiva no TEA, abrindo portas para novas estratégias de diagnóstico precoce e possíveis alvos terapêuticos.

Origem: Link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima