Desvendando a Heterogeneidade do Autismo: Um Novo Estudo Revela Subtipos Distintos

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que se manifesta de maneiras muito diversas. Um estudo recente, utilizando dados da coorte ELENA, buscou identificar diferentes subtipos de TEA no momento do diagnóstico, considerando não apenas os critérios do DSM-5, mas também o funcionamento adaptativo e problemas de comportamento.

A pesquisa analisou dados de 458 crianças e adolescentes com TEA, utilizando uma técnica de agrupamento hierárquico. Foram consideradas variáveis como a gravidade dos sintomas autísticos, o quociente de inteligência, o comportamento adaptativo e os problemas de comportamento. A análise identificou quatro grupos distintos: (1) Alta Severidade dos Sintomas Autísticos com Menores Problemas de Comportamento, (2) Alta Severidade dos Sintomas Autísticos com Altos Problemas de Comportamento, (3) Baixa Severidade dos Sintomas Autísticos com Maiores Problemas de Comportamento e (4) Baixa Severidade dos Sintomas Autísticos com Baixos Problemas de Comportamento. Embora tenham sido observadas diferenças significativas de idade entre os grupos, não foram encontradas diferenças significativas em relação ao sexo.

Esses resultados ressaltam que a variabilidade no funcionamento adaptativo e nos problemas de comportamento nem sempre é capturada apenas pelos critérios do DSM-5. A identificação desses subtipos pode ser crucial para o desenvolvimento de intervenções mais personalizadas e eficazes para pessoas com TEA. Estudos futuros devem validar esses grupos em populações maiores e mais diversificadas, além de explorar a integração de dados genéticos e de neuroimagem para refinar ainda mais a caracterização dos subtipos de TEA. Acompanhar esses grupos ao longo do tempo também é essencial para compreender a estabilidade e a relevância clínica desses subtipos.

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