A cicatrização prolongada de queimaduras agudas está associada a um aumento da dor, infecção, risco de cicatrizes, menor mobilidade e maior carga financeira e emocional para o paciente. Embora a estimulação elétrica (EE) já tenha demonstrado reduzir o tempo de cicatrização em feridas crônicas, seu uso em queimaduras agudas ainda é relativamente limitado. Uma revisão sistemática recente investigou os benefícios da EE em comparação com os cuidados de rotina no tratamento de queimaduras em adultos.
A revisão analisou dados de ensaios clínicos randomizados que utilizaram estimulação elétrica com diferentes voltagens, durações e modalidades em pacientes com queimaduras agudas com 18 anos ou mais. O principal resultado analisado foi o tempo necessário para o fechamento da ferida, enquanto os resultados secundários incluíram a redução do edema e da infecção. Os resultados mostraram que a estimulação elétrica pode ser uma ferramenta valiosa no tratamento de queimaduras. Em dois estudos, a EE demonstrou uma redução de 36% (2,6 dias) no tempo para o fechamento da ferida, além de uma redução significativa na área da ferida em comparação com os grupos de controle após 21 dias.
Além da aceleração da cicatrização, outros dois estudos incluídos na revisão descobriram que a estimulação elétrica promoveu ambientes de cicatrização melhores, reduzindo o edema, a infecção bacteriana e a formação de biofilme nas feridas. Esses resultados sugerem que a EE pode ajudar a melhorar a qualidade da cicatrização, além de acelerar o processo. A revisão concluiu que a estimulação elétrica apresenta benefícios de baixo risco e pode ser uma adição viável aos cuidados de rotina para queimaduras, auxiliando na recuperação e no bem-estar dos pacientes.
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