Entorses laterais de tornozelo são lesões comuns no esporte, podendo levar a problemas crônicos como instabilidade e novas lesões. Um dos mecanismos de proteção do tornozelo é a musculatura peroneal, responsável por evitar movimentos de inversão excessivos que podem causar a entorse. Um estudo recente investigou a atividade elétrica desses músculos em atletas que sofreram entorses nos últimos seis meses.
A pesquisa, publicada no Journal of Functional Morphology and Kinesiology, analisou 67 atletas, avaliando a atividade mioelétrica dos músculos peroneais durante diferentes atividades, como eversão isométrica e dinâmica do tornozelo, agachamento em uma perna, saltos e sprints. O objetivo era comparar a atividade muscular entre atletas com e sem histórico recente de entorse, além de verificar se havia diferenças entre os membros de atletas que haviam se lesionado.
Os resultados do estudo mostraram que não houve diferenças significativas na atividade elétrica dos músculos peroneais entre os grupos com e sem histórico de entorse, nem entre os membros lesionados e não lesionados. Os autores apontam que a falta de dados sobre o tempo e a gravidade da entorse, assim como a duração e características da reabilitação, são limitações do estudo. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente a relação entre a atividade muscular peroneal e o risco de entorses de tornozelo, e como a reabilitação pode influenciar essa atividade. Apesar dos resultados, a importância do fortalecimento da musculatura peroneal na prevenção de entorses continua sendo fundamental, e a avaliação individualizada de cada atleta é essencial para um programa de prevenção eficaz.
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