Crescimento e Desenvolvimento: Novas Tabelas de Referência para Jovens Brasileiros com Deficiência Intelectual

Acompanhar o crescimento de crianças e adolescentes é crucial para garantir sua saúde e bem-estar. No caso de jovens com deficiência intelectual (DI), essa monitorização pode ser ainda mais importante, mas também desafiadora, devido à variabilidade em seus padrões de crescimento. Um estudo recente desenvolvido por pesquisadores brasileiros buscou preencher essa lacuna, criando tabelas de referência de altura e peso específicas para essa população.

O estudo, liderado por Adriana Nascimento de Souza, Fabio Bertapelli e Gil Guerra Junior, analisou dados de mais de 1.000 jovens com DI, com idades entre 7 e 17 anos. Os pesquisadores coletaram retrospectivamente medidas de altura e peso realizadas entre 2013 e 2018, totalizando mais de 4.000 medições. Utilizando o método LMS, eles desenvolveram percentis suavizados para altura por idade e peso por idade, tanto para meninos quanto para meninas. Esses percentis representam uma ferramenta valiosa para profissionais de saúde acompanharem o desenvolvimento físico desses jovens.

Os resultados do estudo revelaram padrões de crescimento distintos entre os gêneros. Os meninos apresentaram um crescimento linear em altura até os 11 ou 12 anos, um aumento entre 13 e 15 anos e uma desaceleração a partir dos 15 ou 16 anos. Já as meninas tiveram um crescimento linear em altura entre 7 e 11 anos, seguido de uma desaceleração a partir dos 12 anos, com poucas mudanças entre 15 e 17 anos. Em relação ao peso, as meninas mostraram um ganho linear até os 13 anos, com uma desaceleração aos 14 ou 15 anos, enquanto os meninos tenderam a ganhar peso linearmente dos 7 aos 17 anos. Essas novas tabelas de referência podem auxiliar na identificação precoce de desvios no crescimento, permitindo intervenções mais eficazes para promover a saúde e o bem-estar desses jovens. É importante ressaltar que cada indivíduo é único, e a interpretação dessas tabelas deve ser feita por profissionais de saúde qualificados, considerando o contexto individual de cada paciente. A criação dessas ferramentas é um passo importante para garantir um acompanhamento mais preciso e individualizado do crescimento de crianças e adolescentes com deficiência intelectual.

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