O uso de substâncias entre adolescentes é uma preocupação crescente de saúde pública. Estratégias de prevenção implementadas em ambientes escolares têm se mostrado promissoras, especialmente aquelas que utilizam recursos digitais. Uma revisão sistemática recente analisou diversos estudos para identificar os fatores que influenciam o sucesso dessas intervenções, buscando otimizar o planejamento e a execução de programas futuros.
A revisão, que seguiu as diretrizes PRISMA, examinou mais de 2500 estudos publicados em diversas bases de dados científicas. Após uma triagem rigorosa, 12 artigos foram selecionados para análise detalhada, utilizando o framework RE-AIM (Reach, Effectiveness, Adoption, Implementation, and Maintenance) para avaliar os diferentes aspectos das intervenções. Os estudos analisados incluíram ensaios clínicos randomizados, estudos quase experimentais e um estudo transversal, com participantes entre 11 e 17 anos, majoritariamente de escolas nos EUA, Europa e Taiwan. A maioria das intervenções se concentrou na redução do uso de álcool e outras substâncias.
Os resultados da revisão indicaram que, embora muitas intervenções tenham demonstrado sucesso no alcance (*reach*) e na eficácia (*effectiveness*) na redução do uso de substâncias, fatores relacionados à adoção (*adoption*) e implementação (*implementation*) nas escolas foram menos explorados. A sustentabilidade (*maintenance*) das intervenções foi o aspecto menos abordado nos estudos. Para maximizar o impacto dessas iniciativas, é crucial que esforços futuros se concentrem em garantir a participação das escolas e a continuidade dos programas, explorando o potencial das tecnologias emergentes para personalizar as abordagens e torná-las mais eficazes e duradouras. A atenção a esses fatores pode amplificar o efeito preventivo das intervenções digitais, contribuindo para um futuro mais saudável para os jovens.
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