Vitamina D3 e Plasma Rico em Plaquetas no Tratamento de Queloides: Uma Nova Abordagem?
Queloides representam um desafio significativo na área da dermatologia, com diversas modalidades de tratamento disponíveis, mas sem um protocolo definitivo estabelecido. Uma pesquisa recente investigou o potencial da vitamina D3 (Vit. D3) e do plasma rico em plaquetas (PRP) como alternativas ou complementos aos tratamentos existentes, explorando seus efeitos anti-inflamatórios e de reparação tecidual.
O estudo, publicado no periódico Archives of Dermatological Research, avaliou a segurança e eficácia da injeção intralesional de Vit. D3, PRP ou a combinação de ambos no tratamento de queloides. Sessenta pacientes com queloides foram divididos aleatoriamente em três grupos: um recebeu injeções de Vit. D3, outro de PRP e o terceiro, uma combinação alternada de ambos. Os tratamentos foram administrados a cada duas semanas, com um máximo de quatro sessões, e a eficácia terapêutica foi avaliada através de escalas de classificação verbal (VRS), da escala de cicatriz de Vancouver (VSS), exames dermatoscópicos e ultrassonográficos, além de análises histopatológicas e imuno-histoquímicas.
Os resultados demonstraram melhorias significativas nas escalas VSS e VRS em todos os grupos, com o grupo que recebeu a combinação de Vit. D3 e PRP apresentando os resultados mais expressivos, seguido pelo grupo da Vit. D3 e, por último, o grupo do PRP. Os exames dermatoscópicos e radiológicos corroboraram os achados clínicos, e a análise histopatológica revelou uma redução significativa no colágeno, com uma orientação mais compacta, e um aumento na expressão imuno-histoquímica de Caveolin-1 (Cav-1) nas cicatrizes queloidais após o tratamento. O estudo conclui que a injeção intralesional de Vit. D3, PRP ou a combinação de ambos se mostra segura e eficaz no tratamento de queloides, oferecendo uma nova perspectiva terapêutica para essa condição dermatológica complexa. Mais pesquisas são necessárias para determinar os protocolos ideais e entender completamente os mecanismos de ação envolvidos. A combinação de tratamentos parece promissora.
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