Neurofeedback: Uma Nova Esperança para Adolescentes com Autismo?

Um estudo recente publicado na revista Child and Adolescent Psychiatry and Mental Health investigou os efeitos do neurofeedback em adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa buscou compreender as mudanças na atividade cerebral em repouso, utilizando eletroencefalografia (EEG), antes e depois de intervenções clínicas, combinando essa análise com avaliações psicológicas.

O estudo comparou um grupo de adolescentes com TEA que receberam 24 sessões de treinamento de neurofeedback de potenciais corticais lentos com um grupo controle que recebeu o tratamento usual. Os resultados mostraram diferenças significativas no desenvolvimento da atividade cerebral entre os grupos. Enquanto a atividade alfa aumentou no grupo de neurofeedback, ela diminuiu no grupo controle, indicando uma tendência oposta. Adicionalmente, a atividade delta diminuiu em ambos os grupos, mas de forma mais pronunciada no grupo experimental.

As análises correlacionais revelaram associações importantes entre os níveis psicológicos subjetivos e eletrocorticais. Uma menor potência alfa no início do estudo estava relacionada à maior severidade dos sintomas do TEA, enquanto uma menor potência alfa e uma maior potência delta estavam associadas a um maior afeto negativo. Notavelmente, aumentos na potência alfa após o treinamento de neurofeedback foram ligados a um afeto positivo aprimorado, enquanto reduções na potência delta corresponderam a diminuições no afeto negativo. Esses achados sugerem que o neurofeedback pode influenciar positivamente a atividade cerebral e, consequentemente, o bem-estar emocional de adolescentes com TEA, oferecendo uma abordagem promissora para o tratamento do transtorno.

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