Indivíduos autistas frequentemente enfrentam desafios significativos que podem impactar negativamente seu bem-estar em comparação com seus pares. Diante disso, e em consonância com o modelo biossocial de resiliência e o crescente movimento da neurodiversidade, torna-se crucial identificar fatores que promovam resultados positivos nesse grupo. Uma revisão recente explora o papel da autodefesa e da autodeterminação no ajuste positivo de adolescentes e jovens adultos autistas.
A autodefesa, que envolve a capacidade de expressar as próprias necessidades e defender os próprios direitos, e a autodeterminação, entendida como a habilidade de fazer escolhas e controlar o próprio destino, emergem como elementos promissores. Estudos indicam uma associação encorajadora entre esses conceitos e diversos aspectos do ajuste, incluindo o sucesso educacional e profissional. A capacidade de se expressar e tomar decisões contribui para um melhor desempenho acadêmico, maiores chances de inserção no mercado de trabalho e maior satisfação com a vida.
Além disso, a autodefesa e a autodeterminação influenciam positivamente a socialização e o desenvolvimento de relacionamentos. Indivíduos que se sentem capazes de defender seus interesses e fazer escolhas se mostram mais propensos a construir laços sociais significativos e a desenvolver um senso de identidade mais forte. A qualidade de vida também se beneficia, com relatos de maior bem-estar emocional e satisfação geral. Intervenções que visam fortalecer a autodefesa e a autodeterminação podem ser valiosas para promover o bem-estar e a inclusão de jovens autistas na sociedade.
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