Pesquisadores identificaram uma ligação importante entre a conectividade atípica em certas redes cerebrais e as dificuldades sociais e de função executiva em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O estudo focou nas redes frontoparietal e sensoriomotora, que desempenham papéis cruciais no processamento de informações e na interação com o ambiente.
A pesquisa revelou que crianças com TEA exibem uma segregação atípica dessas redes. Isso significa que a comunicação dentro da rede frontoparietal pode ser menor do que o esperado (subconectividade), enquanto a comunicação entre as redes frontoparietal e sensoriomotora pode ser maior do que o normal (superconectividade). Essas anomalias na conectividade foram associadas a desafios nas habilidades sociais, como dificuldade em compreender sinais sociais e interagir com os outros, bem como em funções executivas, que incluem planejamento, organização e resolução de problemas.
O estudo, que utilizou ressonância magnética funcional em repouso para analisar a atividade cerebral de 121 crianças com TEA e 84 crianças com desenvolvimento típico, demonstrou que a subconectividade na rede frontoparietal estava ligada a pontuações mais baixas em testes de habilidades sociais e funções executivas. Já a superconectividade entre as redes estava associada apenas a dificuldades sociais. Esses achados ressaltam a importância de investigar a conectividade entre diferentes redes cerebrais no TEA, abrindo caminho para uma compreensão mais profunda das bases neurológicas do transtorno e, potencialmente, para o desenvolvimento de intervenções mais direcionadas.
Origem: Link