Acidúria L-2-Hidroxiglutárica: Riboflavina como Tratamento Promissor?

A acidúria L-2-hidroxiglutárica (L-2-HGA) é uma condição neurodegenerativa rara, de herança autossômica recessiva. Ela resulta da deficiência da L-2-hidroxiglutarato desidrogenase, uma enzima dependente de flavina adenina dinucleotídeo (FAD), causada por variantes patogênicas bialélicas no gene L2HGDH. Esta deficiência leva ao acúmulo anormal do ácido L-2-hidroxiglutárico no organismo, afetando principalmente o sistema nervoso.

Um estudo recente descreveu o caso de um paciente pediátrico com L-2-HGA, apresentando um quadro de leve atraso psicomotor, crises epilépticas desde os 5 anos de idade, ataxia cerebelar não progressiva e deficiência intelectual de leve a moderada ao longo de 10 anos de acompanhamento. Foram identificadas duas variantes heterozigotas distintas no gene L2HGDH: uma substituição já conhecida, c.829C > T(p.Arg277*), e uma nova substituição, c.1196 + 1G > A, ambas associadas ao aumento significativo da excreção urinária de L-2-hidroxiglutarato (L2HG).

Diante desse quadro, foi implementado um tratamento com riboflavina (100 mg/dia) durante um período de seis meses. A riboflavina é uma vitamina B2 essencial para a função de várias enzimas, incluindo a L-2-hidroxiglutarato desidrogenase. A hipótese era que a suplementação com riboflavina poderia auxiliar a enzima deficiente a funcionar de forma mais eficiente. No entanto, o tratamento não apresentou efeitos clínicos ou bioquímicos perceptíveis no paciente. Embora este caso específico não tenha respondido à riboflavina, a pesquisa continua sendo crucial para entender melhor a L-2-HGA e explorar possíveis terapias no futuro.

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