Um estudo recente com camundongos revelou uma possível ligação entre o gene PRRG4 e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa, publicada no Biological Procedures Online, demonstra que a inativação específica do gene PRRG4 no cérebro de camundongos leva ao desenvolvimento de comportamentos semelhantes aos observados em indivíduos com TEA.
O TEA é uma condição complexa do neurodesenvolvimento, caracterizada por dificuldades na interação social e comportamentos repetitivos. Embora as causas exatas do TEA ainda não sejam totalmente compreendidas, sabe-se que fatores genéticos desempenham um papel importante. Este estudo focou no PRRG4, um gene cuja deleção tem sido associada a sintomas de autismo em pacientes com síndrome de WAGR (tumor de Wilms, aniridia, gonadoblastoma e retardo mental).
Os pesquisadores observaram que camundongos com o gene PRRG4 inativado no cérebro apresentaram déficits sociais, comportamentos repetitivos e ansiedade, comparados a camundongos controle. Além disso, a ausência do PRRG4 resultou em alterações na estrutura e função dos neurônios, incluindo aumento no comprimento dos dendritos, ramificações e densidade da espinha dendrítica no córtex cerebral e hipocampo. O estudo também identificou que a proteína PRRG4 pode regular o desenvolvimento dendrítico e sináptico, ativando a RhoA através da interação com MAGI2. A descoberta abre novas perspectivas para a compreensão das bases biológicas do TEA e pode, no futuro, levar ao desenvolvimento de novas terapias.
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