Um estudo recente realizado na Califórnia investigou a possível ligação entre a exposição à poluição do ar e o risco de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças, considerando a exposição multigeração. A pesquisa analisou dados de um extenso período, de 1990 a 2019, buscando identificar se a exposição das avós à poluição durante a gravidez poderia influenciar o risco de TEA em seus netos.
Os resultados indicaram que a exposição a certos poluentes atmosféricos, como o PM2.5 (material particulado fino) e o NO2 (dióxido de nitrogênio), durante a gravidez da avó, pode estar associada a um aumento no risco de TEA na criança. Especificamente, o estudo observou que a exposição ao PM2.5 apresentou uma associação persistente com o aumento do risco de TEA, mesmo após o ajuste para a exposição da mãe durante a gravidez. Esses achados sugerem que os efeitos da poluição do ar podem se acumular ao longo das gerações, aumentando a vulnerabilidade ao TEA.
Além disso, o estudo também revelou que a combinação de alta exposição a PM2.5 e NO2 tanto durante a gravidez da avó quanto da mãe apresentou os efeitos conjuntos mais fortes no aumento do risco de TEA no neto. Embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar esses achados e entender os mecanismos biológicos subjacentes, este estudo destaca a importância de considerar a exposição multigeração à poluição do ar ao avaliar os fatores de risco para o Transtorno do Espectro Autista. O estudo levanta questões importantes sobre a saúde pública e a necessidade de políticas para reduzir a exposição à poluição do ar, especialmente durante períodos críticos do desenvolvimento, como a gravidez.
Origem: Link