Saúde Desvendada

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Uma pesquisa inovadora publicada no Proceedings of the National Academy of Sciences U.S.A. em maio de 2025, lança luz sobre um dos mistérios mais profundos da biologia: a origem da homociralidade. A homociralidade se refere à propriedade de sistemas biológicos usarem quase exclusivamente uma forma quiral de moléculas, como aminoácidos e açúcares. Todos os aminoácidos nas proteínas são da forma L, e todos os açúcares nos ácidos nucleicos são da forma D. Mas por que a vida escolheu uma forma em detrimento da outra?

O estudo propõe um modelo cinético que acopla a síntese prebiótica de aminoácidos proteinogênicos enantioenriquecidos com a ligação catalítica de peptídeos. Isso resulta em uma rede autocatalítica que pode exibir quebra de simetria e amplificação quiral. Em outras palavras, o modelo sugere que a vida pode ter surgido através de um processo de auto-organização molecular, onde pequenas diferenças na abundância de um enantiômero (uma forma quiral) são amplificadas ao longo do tempo, levando à dominância de uma única forma.

Os pesquisadores demonstraram que a quebra de simetria, que leva à amplificação quiral, pode ocorrer de duas maneiras distintas: um mecanismo construtivo, no qual dímeros catalisam a síntese de monômeros do mesmo enantiômero, e um mecanismo destrutivo, no qual dímeros catalisam a quebra de monômeros do enantiômero oposto. Este modelo representa um avanço significativo na compreensão das origens da vida, fornecendo um caminho plausível para o surgimento da homociralidade biológica, um pré-requisito fundamental para a complexidade e funcionalidade das biomoléculas. A implicação para a área de saúde é enorme, uma vez que entender a origem da vida e seus processos básicos pode levar a novas abordagens para o desenvolvimento de fármacos e terapias.

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