Um estudo recente investigou o potencial terapêutico do subsalicilato de bismuto (BSS) em um modelo de autismo induzido por ácido propiónico (PPA). O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição complexa que afeta o desenvolvimento neurológico, resultando em dificuldades na interação social, comunicação e comportamento. A pesquisa se concentrou na neuroinflamação e no estresse oxidativo, processos que desempenham um papel importante na patofisiologia do TEA.
O estresse oxidativo, induzido pela inflamação, leva à produção excessiva de espécies reativas de oxigênio, iniciando um ciclo prejudicial de neuroinflamação e lesão celular. Este processo contribui significativamente para a disfunção neuronal, perda de células e comprometimentos comportamentais observados no TEA. O subsalicilato de bismuto (BSS), conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, mostrou promessa na mitigação desses processos neurodegenerativos.
O estudo, realizado em ratos Wistar albinos, demonstrou que o tratamento com BSS reduziu significativamente os marcadores de estresse oxidativo e inflamação no cérebro, como o malondialdeído, o fator de necrose tumoral alfa e a interleucina-17. Além disso, o BSS melhorou o desempenho comportamental em testes de interação social, exploração e memória. Os resultados sugerem que o BSS pode exercer efeitos neuroprotetores através da atenuação do estresse oxidativo e da neuroinflamação, contribuindo potencialmente para a melhoria da função neuronal e do comportamento em modelos de autismo induzidos por PPA. Embora promissores, estes resultados necessitam de mais investigação e validação em estudos clínicos com humanos para determinar a sua eficácia e segurança no tratamento do TEA.
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