Exercício e Testosterona: Uma Combinação Eficaz para a Recuperação de Fraturas em Idosas?

A recuperação após uma fratura de quadril é um desafio significativo para muitas mulheres idosas, frequentemente resultando em uma incapacidade de retornar ao nível de funcionalidade pré-fratura. Um estudo recente investigou se a terapia com testosterona, combinada com um programa de exercícios supervisionado, poderia melhorar os resultados funcionais nesse grupo de pacientes. O objetivo era avaliar se essa combinação ofereceria benefícios adicionais em comparação com o exercício isolado ou o tratamento usual.

O estudo, denominado STEP-HI, foi um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, conduzido em oito centros nos Estados Unidos. Participaram mulheres com 65 anos ou mais que haviam passado por reparo cirúrgico de uma fratura de fêmur não patológica e apresentavam comprometimento da mobilidade. As participantes foram divididas em três grupos: um grupo recebeu exercícios supervisionados mais gel de testosterona tópica, outro grupo recebeu exercícios supervisionados mais gel placebo e o terceiro grupo recebeu cuidados habituais aprimorados, que consistiam em um programa de exercícios domiciliares de baixa intensidade e sessões mensais de educação para a saúde.

Os resultados do estudo revelaram que a adição de terapia com testosterona ao treinamento com exercícios supervisionados não resultou em uma melhora significativa na distância percorrida em seis minutos (6MWD), em comparação com o exercício supervisionado sozinho. Embora o exercício, em si, tenha demonstrado benefícios na recuperação, a testosterona não proporcionou vantagens adicionais na mobilidade de longa distância. No entanto, os pesquisadores enfatizam a necessidade de estudos adicionais para determinar se a terapia com testosterona pode melhorar o desempenho físico e a mobilidade em distâncias mais curtas nessa população de pacientes. Em resumo, enquanto o exercício permanece crucial na reabilitação pós-fratura de quadril, o papel da testosterona como um complemento benéfico ainda precisa ser mais investigado.

Origem: Link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima