O VO2 máximo, ou consumo máximo de oxigênio, é um indicador fundamental da aptidão cardiorrespiratória e da saúde geral. Ele prevê eventos cardiovasculares e está inversamente associado à mortalidade por todas as causas. Um VO2 máximo elevado está ligado à redução do risco de doenças coronárias, diabetes e câncer. A medição precisa do VO2 máximo tradicionalmente requer equipamentos especializados e testes em laboratório, tornando o processo dispendioso e pouco acessível para muitos.
Nesse contexto, dispositivos como o Apple Watch surgem como alternativas promissoras para a estimativa do VO2 máximo, oferecendo uma opção mais acessível e menos intensiva em recursos. No entanto, a precisão dessas estimativas geradas por wearables ainda precisa ser rigorosamente validada. Um estudo recente investigou a acurácia das medições do VO2 máximo realizadas pelo Apple Watch, comparando-as com os resultados obtidos por meio da calorimetria indireta, o padrão ouro para essa avaliação. Os resultados indicaram que o Apple Watch tende a subestimar o VO2 máximo em comparação com a calorimetria indireta.
Apesar dessa subestimação, o estudo sugere que o Apple Watch pode ter utilidade prática na predição do VO2 máximo, especialmente considerando sua facilidade de uso e acessibilidade. No entanto, os algoritmos de estimativa do VO2 máximo em dispositivos vestíveis como o Apple Watch precisam de aprimoramentos antes de serem implementados em contextos clínicos. Monitorar o VO2 máximo regularmente, mesmo com as limitações atuais dos wearables, pode ser um incentivo valioso para a prática de exercícios físicos e a busca por uma vida mais saudável. Acompanhar essa métrica ao longo do tempo pode fornecer insights importantes sobre a progressão da aptidão física e o impacto de diferentes intervenções no estilo de vida.
Origem: Link