O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa, influenciada por fatores genéticos, ambientais e moleculares. Pesquisas recentes têm se concentrado em um gene específico, o ABCA12, e seu papel potencial no desenvolvimento do autismo. Tradicionalmente associado a distúrbios de pele, o ABCA12 agora surge como um fator crucial no desenvolvimento e função cerebral.
O ABCA12 desempenha um papel fundamental no transporte e metabolismo de lipídios, essenciais para a saúde do cérebro. Estudos indicam que a disfunção do ABCA12 pode levar a uma série de problemas neurológicos, incluindo homeostase lipídica desregulada, neuroinflamação e estresse oxidativo. Além disso, anormalidades sinápticas, que afetam a comunicação entre os neurônios, também têm sido associadas a problemas no sistema ABCA12, processos estes diretamente ligados à patologia do TEA.
Pesquisas com modelos *in vivo*, como ratos e peixes-zebra, demonstraram que deficiências no ABCA12 podem resultar em comportamentos associados ao autismo, como dificuldades de interação social e ações repetitivas. A compreensão do impacto deste gene nas vias moleculares, incluindo a sinalização neuronal e a integridade da membrana, pode abrir novas avenidas terapêuticas. Ao focar no ABCA12 ou em seus efeitos subsequentes, cientistas esperam integrar perspectivas genéticas, funcionais e terapêuticas para melhor entender e tratar o autismo, desvendando como o metabolismo lipídico influencia o desenvolvimento neurológico e abrindo caminho para intervenções mais eficazes.
Origem: Link