A amplitude de movimento (ADM) durante o treinamento resistido é um tema frequentemente debatido no mundo do fitness. Uma pesquisa recente publicada no Journal of Sports Sciences investigou como diferentes ADMs impactam a ação isométrica máxima voluntária (MVIA), a atividade eletromiográfica (EMG) e a hipertrofia muscular em mulheres não treinadas. O estudo buscou determinar se treinar em amplitudes completas ou parciais do movimento seria mais eficaz para o desenvolvimento muscular e de força.
Cinquenta mulheres foram divididas em grupos, cada um treinando extensão de joelho em uma amplitude específica: ADM completa (100°-30°), ADM inicial (100°-65°), ADM final (65°-30°) e ADM variada (alternando entre ADM inicial e final). Um grupo controle não realizou nenhum exercício. Os resultados mostraram que os grupos que treinaram com ADM inicial e variada apresentaram maiores ganhos de MVIA em 100° de flexão do joelho, enquanto os grupos de ADM final e variada tiveram melhores resultados em 30°. A resposta EMG também variou dependendo da amplitude treinada.
Em termos de hipertrofia, os grupos que utilizaram ADM inicial, completa e variada demonstraram os maiores aumentos na área de secção transversa dos músculos reto femoral e vasto lateral. Estes resultados sugerem que o treinamento com diferentes amplitudes de movimento pode ter efeitos específicos no desenvolvimento da força em diferentes ângulos articulares, e que a ADM inicial, completa e variada podem ser mais eficazes para promover a hipertrofia muscular. A pesquisa destaca a importância de considerar a amplitude de movimento ao planejar programas de treinamento resistido, adaptando-a aos objetivos individuais e às necessidades específicas de cada pessoa.
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