A realidade aumentada (RA) está se consolidando como uma ferramenta promissora em diversas áreas, inclusive na saúde e no treinamento de habilidades motoras. Um estudo recente investigou a eficácia do aprendizado psicomotor em ambientes de RA, comparando-o com métodos tradicionais de treinamento baseados em vídeo. O objetivo era determinar se a RA oferece vantagens no desenvolvimento de habilidades e na otimização da atividade cerebral durante a execução de tarefas.
A pesquisa envolveu 33 participantes, que foram divididos em dois grupos: um treinado com RA e outro com vídeos. Ambos os grupos aprenderam a realizar quatro interações baseadas em seleção em RA. Durante a fase de avaliação, os participantes executaram as interações aprendidas em um ambiente de RA, enquanto sua atividade cerebral era monitorada por espectroscopia funcional de infravermelho próximo (fNIRS). Os resultados mostraram que o grupo treinado com RA apresentou tempos de conclusão significativamente mais rápidos, apesar de relatar uma carga de trabalho subjetiva maior durante o treinamento.
A análise da atividade cerebral revelou que os participantes treinados com RA exibiram redes cerebrais mais eficientes, sugerindo uma melhora na eficiência neural. Além disso, foram observadas diferenças na ativação e conectividade cerebral relacionadas ao sexo, indicando que homens e mulheres podem utilizar estratégias neurais distintas durante o aprendizado motor em RA. Esses achados destacam o potencial da RA como uma ferramenta de treinamento eficaz e personalizada, com implicações importantes para áreas como reabilitação, treinamento cirúrgico e outras aplicações que exigem precisão e coordenação motora. Estudos futuros devem investigar como fatores demográficos influenciam o desempenho e a experiência do usuário em programas de treinamento baseados em RA, a fim de otimizar ainda mais essa tecnologia promissora.
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