Reabilitação da Mão Pós-Desastre: Lições de Terremotos na Turquia

A reabilitação pós-desastres está ganhando cada vez mais reconhecimento como um componente crucial na recuperação de vítimas. No entanto, a terapia da mão, especificamente, tem sido uma área relativamente pouco explorada nesse contexto. Um estudo recente analisa as experiências e práticas na terapia da mão após os terremotos devastadores que atingiram a Turquia em 2023, resultando em mais de 50.000 mortes e 120.000 feridos. O objetivo principal é preencher essa lacuna de conhecimento e oferecer insights valiosos para o manejo de lesões nas mãos em situações de emergência.

A pesquisa, de natureza retrospectiva, acompanhou pacientes que foram transferidos da área de desastre para um hospital terciário. Cada paciente encaminhado para terapia da mão por um cirurgião da mão recebeu tratamento e acompanhamento de dois terapeutas da mão. As lesões variavam amplamente, incluindo síndrome compartimental, fasciotomia, amputações e fraturas. Todos os pacientes foram avaliados pelo menos uma vez para terapia. Os resultados revelaram que, dos 24 pacientes avaliados, com idades entre 5 e 63 anos, a maioria apresentava síndrome compartimental, amputações e fraturas, decorrentes de ficarem presos sob os escombros. A terapia começou, em média, de 3 a 4 semanas após o desastre. Embora 12 pacientes tenham completado o tratamento, 10 foram perdidos no acompanhamento. Um achado comum foi o desenvolvimento de limitações articulares e deformidades em todos os pacientes.

As experiências relatadas neste estudo destacam a importância crítica de preparar terapeutas da mão e outros profissionais de saúde para lidar com as demandas únicas de cenários pós-desastre. A abordagem multidisciplinar, que envolve a colaboração entre diferentes especialidades médicas, é essencial para garantir o melhor cuidado possível ao paciente. Além disso, o planejamento cuidadoso do tratamento, com ênfase na recuperação funcional a longo prazo, pode maximizar os resultados e melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes. Este estudo ressalta a necessidade urgente de investir em educação e treinamento para profissionais de saúde, a fim de otimizar a resposta a futuros desastres e fornecer reabilitação eficaz para lesões nas mãos.

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