Um estudo recente investigou um modelo de atendimento consultivo para pacientes com Deficiências Intelectuais e do Desenvolvimento (DID) dentro de um departamento de Medicina Familiar. O objetivo foi analisar a eficácia desse modelo inovador em fornecer cuidados de saúde acessíveis a essa população, muitas vezes marginalizada no sistema de saúde.
A pesquisa retrospectiva analisou dados de pacientes atendidos em uma clínica especializada entre 2017 e 2023. Os resultados revelaram que o modelo de atendimento consultivo alcançou um número significativo de pacientes com DID, totalizando 184 indivíduos, com uma predominância de homens (65%) e uma média de idade de 31 anos. Uma grande parcela dos pacientes (65%) era segurada pelo Medicaid, e quase metade recebia serviços pagos por meio de isenção do Medicaid estadual. A análise espacial demonstrou que a maioria dos pacientes (86%) residia em áreas não rurais e que a distância média percorrida para chegar à clínica era de aproximadamente 20 milhas, com um tempo médio de viagem de 27 minutos.
Após as consultas, uma parcela significativa dos pacientes (38%) foi encaminhada para outros serviços especializados, incluindo psiquiatria, neurologia e aconselhamento em saúde comportamental. Esses encaminhamentos indicam a importância de uma abordagem abrangente e coordenada no cuidado de pessoas com DID. O estudo conclui que o modelo de atendimento consultivo demonstrou atender pacientes com características diversas e provenientes de uma ampla área geográfica, oferecendo acesso a cuidados de saúde que, de outra forma, poderiam não estar disponíveis para essa população vulnerável. A iniciativa representa um avanço importante na promoção da saúde e bem-estar de indivíduos com deficiências intelectuais e do desenvolvimento.
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