A dinâmica familiar e a forma como a paternidade é exercida passaram por significativas transformações ao longo das últimas décadas. Em casos de separação, a definição da guarda dos filhos torna-se um ponto crucial, impactando diretamente a vida de todos os envolvidos. Um estudo recente explorou a percepção de pais sobre a guarda dos filhos e sua interação com o sistema judiciário, revelando nuances importantes sobre como os homens vivenciam essa experiência.
A pesquisa, realizada com pais que buscaram acordo de guarda em uma defensoria pública, comparou as experiências daqueles com guarda compartilhada e guarda unilateral materna. Um dos principais achados foi que o estabelecimento formal do acordo, independentemente do tipo de guarda, representava para os pais uma garantia do direito de exercer a paternidade. Ou seja, o processo legal servia como um balizador, assegurando a participação ativa na vida dos filhos. No entanto, muitos participantes relataram perceber uma sensibilidade maior do sistema judiciário em relação às mães no que diz respeito aos cuidados com os filhos, o que pode influenciar as decisões sobre a guarda.
Curiosamente, o estudo também apontou que, na prática, pais com guarda unilateral materna muitas vezes mantinham uma dinâmica familiar semelhante à da guarda compartilhada, demonstrando um envolvimento ativo na rotina e nas decisões relacionadas aos filhos. Isso sugere que, além da formalização da guarda, o comprometimento e a comunicação entre os pais são fatores determinantes para o bem-estar das crianças. A pesquisa conclui que, embora a guarda compartilhada não garanta automaticamente a divisão equitativa das responsabilidades parentais, ela se estabelece como um importante marco regulatório para a preservação dos laços familiares após o divórcio, fortalecendo especialmente a relação entre pais e filhos e impactando positivamente a Saude emocional de todos os envolvidos. É importante notar que a Saude mental dos pais também é crucial nesse processo.
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