Ética e Psicologia no Brasil: Reflexões sobre Racismo e Descolonização

A relação entre ética e psicologia no Brasil, especialmente no contexto do racismo, é um tema crucial para a saúde mental e o bem-estar social. A análise ética, em suas dimensões descritiva, prescritiva e filosófica, revela como o racismo se manifesta no exercício da profissão, impactando a saúde mental de indivíduos e grupos marginalizados.

O debate sobre racismo é complexo e interligado com questões de classe, gênero e sexualidade. A persistência do mito da democracia racial e a construção da ideia de raça, com a supremacia branca, moldam uma identidade moderna baseada em ideais capitalistas e neoliberais que perpetuam a exclusão. Compreender essas dinâmicas macroestruturais é fundamental para abordar as micropolíticas que afetam o sofrimento psíquico de pessoas negras e indígenas.

Conceitos como trauma, ideais da branquitude e ferida colonial são essenciais para analisar o impacto do racismo na saúde mental. A memória e o esquecimento desempenham um papel importante na perpetuação e na superação do racismo. A utilização das artes como linguagem pode provocar reflexões e brechas na lógica colonial, promovendo a desconstrução de práticas racistas e a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. É imperativo que profissionais da psicologia, especialmente aqueles com herança eurodescendente, examinem seus próprios preconceitos e participem ativamente na desconstrução das lógicas racistas para promover a saúde mental de todos.

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