Esquizofrenia e Lentidão Motora: Desvendando a Conexão Neural

A esquizofrenia é uma condição complexa que afeta diversos aspectos da saúde mental e física, incluindo a capacidade motora. Sintomas motores, como a lentidão psicomotora, são frequentemente observados em pacientes com esquizofrenia e podem impactar significativamente sua qualidade de vida. Um estudo recente explorou as bases neurais dessa lentidão, buscando entender melhor como o cérebro de pessoas com esquizofrenia processa e executa movimentos simples.

A pesquisa envolveu a análise da atividade cerebral, através de ressonância magnética funcional (fMRI), de pacientes com esquizofrenia que apresentavam lentidão psicomotora, comparando-os com pacientes sem essa característica e com um grupo de controle saudável. Durante o exame, os participantes realizaram uma tarefa de toque dos dedos em diferentes velocidades. Os resultados revelaram que os pacientes com lentidão apresentavam uma velocidade de toque significativamente menor em comparação com os outros grupos, especialmente em condições onde o ritmo não era imposto.

O estudo também identificou diferenças na ativação de regiões cerebrais específicas durante a tarefa. Enquanto todos os grupos ativaram áreas sensório-motoras, os pacientes com lentidão psicomotora demonstraram uma regulação inadequada do cerebelo, uma região importante para a coordenação motora. Além disso, apresentaram uma desativação insuficiente do lobo parietal superior (SPL), sugerindo uma alteração no recrutamento de recursos neurais em resposta às demandas motoras. Esses achados indicam que a lentidão psicomotora em pacientes com esquizofrenia pode estar relacionada a uma disfunção na comunicação entre diferentes áreas do cérebro envolvidas no planejamento e execução de movimentos, o que abre caminhos para o desenvolvimento de terapias mais eficazes para tratar este sintoma incapacitante.

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