O bruxismo, caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes, tem se mostrado um problema crescente entre adolescentes. Um estudo recente investigou a possível associação entre essa condição e o tempo excessivo de uso de telas, como smartphones, tablets e computadores. Os resultados revelaram uma ligação significativa, levantando importantes questões sobre a saúde e o bem-estar dos jovens na era digital.
A pesquisa, realizada com mais de 2.400 estudantes de escolas públicas brasileiras, revelou que uma parcela considerável dos participantes (32,4%) apresentava bruxismo. Além disso, 59,7% dos adolescentes relatavam um tempo de tela considerado excessivo. A análise dos dados indicou que o tempo dedicado ao uso de dispositivos eletrônicos estava associado ao bruxismo, juntamente com outros fatores como gênero e nível escolar. Acredita-se que o uso excessivo de telas pode contribuir para o aumento do estresse e da ansiedade, fatores conhecidos por desencadear ou agravar o bruxismo. É importante ressaltar que o estudo também identificou associações entre bruxismo e fatores socioeconômicos, como nível de escolaridade dos pais e renda familiar.
Diante desses achados, torna-se crucial a conscientização sobre os potenciais impactos negativos do uso excessivo de telas na saúde dos adolescentes. É fundamental que pais, educadores e profissionais de saúde trabalhem em conjunto para promover hábitos saudáveis de uso de tecnologia, incentivando atividades que promovam o bem-estar físico e mental, como exercícios físicos, hobbies e interações sociais presenciais. Além disso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado do bruxismo são essenciais para prevenir complicações a longo prazo, como dores de cabeça, desgaste dentário e problemas na articulação temporomandibular. Buscar orientação de um dentista ou médico especializado é o primeiro passo para lidar com essa condição e garantir uma melhor qualidade de vida para os jovens.
Origem: Link