Asma Materna na Gravidez e o DNA do Bebê: Uma Ligação Genética?

Um estudo recente investigou a possível influência da asma materna durante a gravidez na metilação do DNA em recém-nascidos. A metilação do DNA é um processo que pode alterar a atividade de um gene sem mudar sua sequência, e essas alterações podem afetar a suscetibilidade a diversas doenças, incluindo a asma. A pesquisa buscou entender se a exposição pré-natal à asma materna pode deixar uma marca epigenética nos bebês.

Os pesquisadores analisaram dados de 7433 recém-nascidos em 13 coortes diferentes, examinando a metilação do DNA em amostras de sangue. Eles procuraram por diferenças na metilação associadas à asma materna durante a gravidez e à asma materna em geral. Para comparação, também analisaram dados relacionados à asma paterna. Os modelos estatísticos foram ajustados para levar em conta outros fatores que poderiam influenciar a metilação do DNA, como a composição celular do sangue.

Os resultados mostraram que a asma materna durante a gravidez está associada a alterações em 27 regiões específicas do DNA (CpGs) em recém-nascidos. Além disso, foram identificadas 5 regiões distintas do DNA (DMRs) associadas à asma materna durante a gravidez. A análise da expressão gênica em amostras de sangue de crianças e pulmões de adultos revelou associações entre as regiões de DNA afetadas pela asma materna e a expressão de genes importantes, como genes HLA e HOXA5, que já foram relacionados à asma e à função pulmonar. Esses achados sugerem que a asma materna, especialmente durante a gravidez, pode influenciar a suscetibilidade à asma em recém-nascidos através de alterações epigenéticas.

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