O acesso oportuno a cuidados especializados para o autismo representa um desafio maior para famílias de diversas origens culturais e linguísticas, impactando negativamente seus resultados de saúde. Reconhecendo essa disparidade, pesquisadores e organizações comunitárias estão unindo forças para criar soluções inovadoras e culturalmente sensíveis.
Um estudo recente demonstra como uma organização comunitária sem fins lucrativos e especialistas trabalharam em conjunto com membros de diversas comunidades para desenvolver um novo modelo de serviço. Utilizando um processo de co-criação, que envolveu a participação ativa de profissionais da linha de frente, líderes da organização e, crucialmente, os próprios cuidadores de crianças autistas de diferentes origens culturais (incluindo grupos como Somali Mai Mai, Swahili, Árabe, Dari/Pashto, Francês, Amharic e Tigrinya), o projeto identificou cinco pilares essenciais para o sucesso: respeito à diversidade cultural, priorização da autonomia dos cuidadores, aumento da acessibilidade aos serviços, minimização do estigma associado ao autismo e garantia da viabilidade da implementação.
O resultado desse esforço colaborativo é um modelo que combina serviços de apoio à navegação do sistema de saúde com a disseminação de estratégias parentais e de enfrentamento breves, culturalmente adaptadas e baseadas em evidências. Essa abordagem inovadora, centrada no compartilhamento de poder entre a academia e a comunidade, oferece um caminho promissor para reduzir as desigualdades no acesso a cuidados para o autismo e promover a inclusão de todas as famílias, independentemente de sua origem cultural ou linguística. Ao colocar as necessidades e perspectivas das famílias no centro do processo de design, este projeto demonstra o potencial de parcerias para criar soluções mais equitativas e eficazes no campo da saúde.
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