A reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma cirurgia comum, frequentemente acompanhada de lesões no menisco lateral (LM). Um estudo recente investigou os efeitos a longo prazo de diferentes tratamentos para lesões no menisco lateral durante a reconstrução do LCA, analisando o risco de nova cirurgia no LCA (revisão) e o surgimento de outras lesões no menisco e na cartilagem.
A pesquisa, que acompanhou pacientes por 5 e 10 anos, revelou que o reparo do menisco lateral durante a reconstrução primária do LCA está associado a um risco aumentado de revisão da cirurgia do LCA e de novas lesões no menisco. Surpreendentemente, deixar o menisco lateral lesionado no lugar também aumentou o risco de uma nova cirurgia no LCA. O estudo comparou pacientes submetidos apenas à reconstrução do LCA com aqueles que também tiveram lesões no menisco lateral, dividindo este último grupo em quatro tipos de tratamento: reparo, remoção parcial (meniscectomia), ambos, ou deixar o menisco no local.
Um dado importante é que a remoção parcial do menisco lateral não demonstrou um risco maior de lesão na cartilagem a longo prazo. Além disso, em comparação com outras opções de tratamento, a meniscectomia parcial foi associada a um risco menor de novas lesões no menisco e de revisão da cirurgia do LCA. Esses resultados levantam questões importantes sobre a melhor abordagem para o tratamento de lesões no menisco lateral durante a reconstrução do LCA, sugerindo que preservar o menisco a todo custo pode nem sempre ser a melhor estratégia. É crucial que os médicos considerem cuidadosamente os métodos de tratamento ao lidar com lesões do menisco lateral durante a reconstrução do LCA para otimizar os resultados a longo prazo para seus pacientes.
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