Manter-se hidratado é crucial para a saúde geral, e um estudo recente investigou a ligação entre a hidratação e as funções cognitivas em idosos. A pesquisa, publicada no European Journal of Nutrition, destaca como pequenos desequilíbrios na hidratação podem afetar o desempenho cognitivo nessa faixa etária.
O estudo piloto envolveu 35 participantes com 60 anos ou mais, onde foram avaliados diversos indicadores de hidratação, como a osmolalidade plasmática e urinária, a densidade da urina, a cor da urina e a quantidade de água presente no corpo. Paralelamente, os participantes realizaram testes neuropsicológicos padronizados para avaliar a memória, a capacidade de aprendizado, a fluência verbal e a velocidade psicomotora. Os resultados mostraram uma correlação significativa entre o percentual de água no corpo (%TBW) e o desempenho em testes de memória e aprendizado, além de uma relação com a velocidade psicomotora. Curiosamente, o estudo também observou que participantes com menor hidratação apresentaram resultados melhores em testes de linguagem.
Apesar da necessidade de mais estudos com amostras maiores e acompanhamento a longo prazo, esta pesquisa reforça a importância da hidratação para a saúde cognitiva em idosos. Os resultados sugerem que a avaliação da hidratação em idosos deve considerar múltiplos parâmetros, não apenas a osmolalidade plasmática, uma vez que outros fatores, como a ingestão de água e as características da urina, podem influenciar as funções cognitivas, especialmente as relacionadas à linguagem. Manter uma hidratação adequada pode ser uma estratégia importante para preservar a função cerebral e a qualidade de vida na terceira idade. É fundamental que idosos estejam atentos à sua ingestão de água e consultem profissionais de saúde para avaliar e monitorar seu estado de hidratação.
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