A constipação é um problema comum entre idosos, frequentemente subestimado em relação aos seus impactos na saúde geral. Um estudo recente investigou a prevalência da constipação em idosos que vivem em comunidade e como ela afeta sua mobilidade funcional e qualidade de vida. Os resultados revelaram uma forte ligação entre a constipação e dificuldades em diversas áreas da vida.
A pesquisa, que envolveu 630 idosos com função cognitiva adequada, utilizou critérios de Roma IV para definir a constipação, além de avaliar a severidade dos sintomas através do Constipation Severity Instrument (CSI). A mobilidade dos membros inferiores foi medida pelo teste Five-Times Sit-to-Stand Test (FTSST), que avalia o tempo necessário para o indivíduo se levantar e sentar cinco vezes consecutivas. Adicionalmente, a dor retal e a qualidade de vida foram avaliadas por meio de escalas visuais analógicas.
Os resultados demonstraram que uma parcela significativa dos participantes, 82.7%, relatou sofrer de constipação. Idosos com constipação apresentaram tempos significativamente maiores no FTSST, indicando uma mobilidade reduzida. Além disso, relataram níveis mais altos de dor retal e uma qualidade de vida inferior em comparação com aqueles que não sofriam de constipação. A severidade da constipação, medida pelo CSI, apresentou uma forte correlação com a piora da qualidade de vida e o aumento da dor retal. Esses achados sugerem que o tratamento da constipação em idosos pode ter um impacto positivo significativo na sua mobilidade e bem-estar geral. Intervenções integradas, combinando abordagens gastrointestinais e fisioterapêuticas, podem ser cruciais para otimizar os resultados e melhorar a qualidade de vida dessa população.
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