Na África do Sul, a busca por aprimorar os serviços de reabilitação, especialmente em áreas rurais com recursos limitados, tem levado à consideração de modelos inovadores como as parcerias público-privadas (PPPs). Um estudo recente explorou as visões de diversos stakeholders sobre a implementação dessas parcerias no contexto do Sistema Distrital de Saúde, visando a preparação para o Seguro Nacional de Saúde (NHI), que busca garantir cobertura universal de saúde.
A pesquisa qualitativa, realizada nos distritos de eThekwini, Amajuba e King Cetshwayo, envolveu a participação de profissionais de reabilitação, gestores e representantes do desenvolvimento social. Através de grupos focais e entrevistas, foram identificadas tanto as oportunidades quanto os desafios associados às PPPs. Entre os benefícios apontados, destaca-se o potencial para aliviar a pressão sobre o setor público e fornecer incentivos financeiros para o setor privado. No entanto, questões como a disponibilidade de serviços, a qualidade do atendimento ao paciente e as disputas tarifárias surgiram como obstáculos significativos.
Um dos principais desafios identificados é a disparidade entre os setores público e privado, juntamente com as sensibilidades financeiras do setor privado. Além disso, existe uma lacuna de conhecimento sobre o papel específico das PPPs no contexto do NHI para serviços de reabilitação. Os profissionais da área enfatizaram a necessidade de um financiamento governamental adequado para as parcerias com o setor privado, a fim de fortalecer a infraestrutura de saúde pública. O estudo conclui que as visões dos stakeholders sobre as PPPs para reabilitação são diversas, ressaltando a importância de diretrizes claras e apoio financeiro à medida que a África do Sul se aproxima da implementação do NHI, para garantir que a reabilitação seja acessível e de alta qualidade para todos.
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