Um estudo recente, baseado nos dados do Global Burden of Disease Study 2019, revela um panorama preocupante sobre a crescente predominância das doenças crônicas em relação às condições agudas. A pesquisa destaca que os sistemas de saúde em todo o mundo enfrentam uma pressão cada vez maior devido ao aumento das doenças de longa duração, progressivas e que exigem cuidados contínuos.
A análise dos dados demonstra que as doenças crônicas são responsáveis por uma parcela significativamente maior do impacto na saúde global, medida através de indicadores como DALYs (anos de vida ajustados por incapacidade), YLDs (anos vividos com incapacidade) e YLLs (anos de vida perdidos). Aproximadamente 68% dos DALYs estão associados a doenças crônicas, enquanto apenas 27% são atribuídos a condições agudas. Esse desequilíbrio aponta para a necessidade urgente de reavaliar e fortalecer as estratégias de prevenção e tratamento para doenças como diabetes, doenças cardíacas, câncer e doenças respiratórias crônicas.
O estudo também revela que a carga das doenças crônicas aumenta consideravelmente com a idade, representando uma grande proporção dos anos vividos com incapacidade (YLDs) e anos de vida perdidos (YLLs) em idades mais avançadas. Além disso, as sequelas de condições crônicas contribuem significativamente para o total de YLDs. Esses achados enfatizam a importância de investir em cuidados de longo prazo e em intervenções que visem melhorar a qualidade de vida de indivíduos com doenças crônicas, adaptando os sistemas de saúde para atender às demandas específicas dessa população crescente.
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