Pacientes em estado neurocrítico frequentemente enfrentam limitações funcionais significativas, resultantes de lesões cerebrais primárias e barreiras estruturais. Um estudo recente investigou os benefícios da mobilização precoce em pacientes adultos submetidos à ventilação mecânica invasiva (VMI), avaliando a evolução da mobilidade funcional, os resultados ventilatórios e clínicos.
A pesquisa, conduzida em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neurológica, analisou dados de 75 pacientes. Os resultados revelaram uma melhora notável na funcionalidade dos pacientes desde a admissão até a alta da UTI (p < 0.0001). Observou-se uma redução significativa na restrição total ao leito e um aumento correspondente na capacidade de realizar atividades ortostáticas, transferir-se da cama e caminhar com assistência. A média de idade dos participantes era de 52.1 anos, com uma predominância do sexo feminino (52%). As condições mais comuns foram lesão cerebral traumática (24%) e hipertensão (40%).
Além da melhora na mobilidade, o estudo destacou altas taxas de sucesso no desmame da VMI (85%) e de alta da UTI (95%). A duração média da VMI foi de 4.7 dias, com uma permanência média na UTI de 11.9 dias. Esses achados reforçam a importância da implementação de protocolos de mobilização precoce em pacientes neurocríticos, visando otimizar a recuperação funcional e reduzir o tempo de internação. A mobilização precoce, nesse contexto, demonstrou ser uma estratégia eficaz para promover a independência e a qualidade de vida desses pacientes.
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