A hesitação vacinal, um fenômeno crescente em escala global, representa um desafio significativo para a saúde pública. Uma pesquisa recente conduzida em Sivas, na Turquia, investigou a prevalência da hesitação vacinal entre pais de crianças com diferentes condições crônicas, comparando-os com um grupo de controle de crianças saudáveis.
O estudo, publicado no BMC Public Health, envolveu mães de crianças entre 6 e 12 anos diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), Cardiopatia Congênita (CC), Hipotireoidismo Congênito (HC) e Febre Familiar do Mediterrâneo (FFM). Os pesquisadores coletaram dados sociodemográficos e aplicaram questionários para avaliar as atitudes dos pais em relação às vacinas infantis e seus estilos parentais.
Os resultados revelaram que a taxa geral de hesitação vacinal foi de 14,7%. Notavelmente, pais de crianças com DM1 apresentaram 3,3 vezes mais chances de hesitação vacinal em comparação com o grupo de controle, enquanto pais de crianças com TEA tiveram 1,8 vezes mais chances. Curiosamente, pais de crianças com CC apresentaram menores chances de hesitação vacinal. As principais preocupações citadas pelos pais hesitantes incluíram receios sobre os ingredientes das vacinas e o medo de eventos adversos. A maioria dos pais expressou o desejo de receber mais informações de profissionais de saúde, sugerindo que a comunicação clara e confiável pode ser crucial para aumentar a aceitação da vacinação. O estudo também apontou que conflitos conjugais podem influenciar negativamente na aceitação da vacina. Este estudo reforça a importância de abordar tanto as lacunas de informação quanto os fatores psicossociais para melhorar a aceitação das vacinas.
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