Estresse Psicológico e Função Cognitiva em Mulheres: A Influência de Medicamentos?

Um estudo recente investigou a complexa relação entre o estresse psicológico, o uso de certos medicamentos e a função cognitiva em mulheres. A pesquisa, publicada no Journal of Women’s Health, analisou dados de mais de 10 mil participantes do Nurses’ Health Study II, buscando entender se o uso de analgésicos opiáceos, soníferos e tranquilizantes menores poderia explicar a ligação entre o sofrimento emocional e o declínio cognitivo.

O estudo definiu estresse psicológico com base em medidas validadas de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e depressão. Os pesquisadores avaliaram o uso de medicamentos relatado pelas participantes no mês anterior à avaliação cognitiva. A função cognitiva foi medida utilizando o Cogstate Brief Battery, que avalia a velocidade psicomotora, a atenção, a capacidade de aprendizado e a memória de trabalho. A análise estatística considerou a possível influência conjunta do TEPT e da depressão na função cognitiva.

Os resultados mostraram que níveis mais elevados de estresse estavam associados ao uso de todos os três tipos de medicamentos avaliados. No entanto, as associações entre o uso desses medicamentos e a função cognitiva foram variáveis. A conclusão do estudo aponta para a ausência de evidências claras de que o uso de medicamentos seja um mediador significativo na relação entre o estresse psicológico e a função cognitiva. Isso sugere que o estresse pode afetar a cognição por meio de outros mecanismos ainda não totalmente compreendidos. Mais pesquisas são necessárias para elucidar esses caminhos alternativos pelos quais o sofrimento emocional impacta a saúde cerebral das mulheres.

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