A artrite séptica, uma infecção grave nas articulações, pode surgir como complicação após a reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA). Um estudo recente investigou a eficácia da irrigação e desbridamento artroscópicos, combinados com antibioticoterapia, no tratamento desta condição. A análise buscou avaliar as taxas de retenção do enxerto, os resultados funcionais e o perfil microbiológico das infecções.
A pesquisa, uma meta-análise que seguiu as diretrizes PRISMA, examinou 20 estudos envolvendo 333 pacientes. Os resultados indicaram que a irrigação e o desbridamento artroscópicos, quando associados ao uso adequado de antibióticos, mostraram-se eficazes no tratamento da artrite séptica pós-reconstrução do LCA. A taxa de retenção do enxerto foi de 92%, um número bastante promissor. Além disso, os resultados funcionais do joelho, avaliados através de escalas como Lysholm, IKDC e Tegner Activity Scale, apontaram para uma recuperação moderada a satisfatória.
Apesar dos resultados positivos, o estudo também identificou desafios importantes. A presença de patógenos resistentes a antibióticos, como o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), foi observada em alguns casos, representando um obstáculo ao tratamento. Além disso, o retorno a atividades esportivas de alto nível pode ser dificultado pela infecção e pelo tratamento. Esses fatores ressaltam a importância de medidas preventivas rigorosas para proteger o desempenho e a recuperação dos atletas submetidos à reconstrução do LCA. A escolha criteriosa dos antibióticos e o monitoramento constante da resposta ao tratamento são cruciais para o sucesso terapêutico.
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