A dispneia, ou falta de ar, é um sintoma persistente para muitos indivíduos que se recuperam da COVID-19. Um estudo recente investigou a eficácia da telereabilitação, uma forma de reabilitação realizada remotamente por meio de videochamadas, no gerenciamento da dispneia e outros problemas associados em pacientes pós-COVID-19. Os resultados indicam que a telereabilitação pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
O estudo randomizado controlado envolveu 36 participantes que ainda apresentavam dispneia após a infecção por COVID-19. Os participantes foram divididos em três grupos: um grupo de telereabilitação (TRG), um grupo de exercícios em casa (HEG) e um grupo controle (CG). Os níveis de dispneia, capacidade de exercício, oxigenação muscular, função respiratória e fadiga foram avaliados em todos os grupos no início do estudo, após 6 semanas e após 12 semanas. O grupo de telereabilitação recebeu sessões supervisionadas e síncronas por meio de videochamadas.
Os resultados mostraram que, após 6 semanas, o grupo de telereabilitação apresentou melhorias significativas na dispneia, fadiga, capacidade de exercício e força muscular respiratória. Esses ganhos foram mantidos na avaliação de 12 semanas. O grupo de exercícios em casa também apresentou melhora na dispneia e fadiga, mas em menor extensão do que o grupo de telereabilitação. O grupo controle apresentou apenas melhora na dispneia. Esses achados sugerem que a telereabilitação, com sua abordagem estruturada e supervisionada, pode ser mais eficaz do que apenas exercícios em casa para aliviar os sintomas da dispneia pós-COVID-19 e melhorar a função física geral. A telereabilitação pode se tornar uma ferramenta importante no arsenal de cuidados para pacientes que sofrem de efeitos prolongados da COVID-19, oferecendo uma maneira acessível e eficaz de melhorar sua saúde respiratória e bem-estar geral.
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