A Doença de Parkinson (DP) frequentemente acarreta desafios significativos relacionados ao equilíbrio, impactando diretamente na qualidade de vida dos pacientes. Um estudo recente, publicado na revista Neurorehabilitation and Neural Repair, investigou a relação entre a capacidade de equilíbrio, a percepção que o indivíduo tem sobre essa capacidade, e o risco de quedas em pessoas com DP.
A pesquisa, realizada com dados de 171 participantes em dois ensaios clínicos, focou na discrepância entre a habilidade real de equilíbrio e a autoconfiança do paciente em relação a essa habilidade. Essa discrepância foi calculada utilizando a Escala de Confiança de Equilíbrio Específica para Atividades (Activities Specific Balance Confidence Scale) e testes de desempenho como o Timed Up and Go (TUG) e o Mini Balance Evaluation Systems Test (MiniBEST). Os resultados demonstraram que a discordância entre a capacidade de equilíbrio e a percepção do paciente é, de fato, um preditor relevante do risco de quedas.
Os achados do estudo reforçam a importância de avaliar não apenas a capacidade física de equilíbrio em pacientes com Parkinson, mas também a percepção subjetiva que eles têm sobre essa habilidade. Essa avaliação combinada pode auxiliar na identificação de indivíduos com maior risco de quedas, permitindo a implementação de intervenções mais eficazes, como programas de reabilitação e exercícios focados no fortalecimento muscular e na melhora do equilíbrio. A identificação e o tratamento precoces dessa discordância podem contribuir significativamente para a prevenção de quedas e, consequentemente, para a melhoria da autonomia e da qualidade de vida dos pacientes com Parkinson.
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